Uma polêmica envolvendo o cantor Matheus Aleixo, da dupla Matheus & Kauan, reacendeu um debate antigo e sensível no universo da música brasileira: o respeito ao direito autoral. Na última semana, Matheus usou as redes sociais para denunciar que a canção “Nossa Praia”, de sua autoria, foi regravada por outros artistas sem qualquer autorização prévia.
A denúncia repercutiu rapidamente entre compositores, que se mobilizaram nas redes sociais com a divulgação de uma Nota de Repúdio assinada por diversos profissionais da música, sob o título “Compositores Unidos pelo Respeito à Autoria”. No comunicado, eles expressam indignação com o que chamam de uma “prática crescente e inaceitável” de regravações não autorizadas, especialmente no segmento do arrocha.
“Trata-se de mais um caso que escancara o desrespeito sistemático ao direito autoral, à ética artística e ao esforço criativo de quem constrói as bases da música brasileira com talento, suor e verdade”, afirma o texto divulgado pelos compositores.
Além de se solidarizarem com Matheus, os autores ressaltam que esse tipo de violação tem se tornado recorrente. Canções têm sido modificadas, monetizadas em plataformas digitais e utilizadas comercialmente sem consulta, crédito ou qualquer tipo de remuneração aos criadores originais.
A nota também reforça que o direito autoral é protegido por lei e que regravar uma música sem a devida autorização configura crime. Os compositores exigem providências urgentes:
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Respeito irrestrito à autoria;
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Responsabilização de artistas, empresários e selos que violarem o direito autoral;
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Ação por parte de plataformas digitais para evitar a monetização de faixas não autorizadas.
O movimento chama atenção para o impacto direto dessas práticas na vida dos autores. “Estamos falando de sonhos, de sustento, de arte e de história. E isso não se copia, não se apaga e não se toma à força”, finaliza o manifesto.
Até o momento, os nomes dos artistas que regravaram a música “Nossa Praia” sem autorização não foram oficialmente divulgados, mas a repercussão do caso segue crescendo. A classe artística aguarda um posicionamento das plataformas e entidades reguladoras do setor.
